O Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos



Lançamento: 11 de dezembro de 2014
Direção: Peter Jackson
Gênero: Ação , Fantasia , Aventura
Duração: 2h24min
Elenco: Martin Freeman, Richard Armitage, Evangeline Lilly, Luke Evans, Orlando Bloom, Ian McKellen, Cate Blanchett...

Sinopse:

Após ser expulso da montanha de Erebor, o dragão Smaug ataca com fúria a cidade dos homens que fica próxima ao local. Após muita destruição, Bard (Luke Evans) consegue derrotá-lo. Não demora muito para que a queda de Smaug se espalhe, atraindo os mais variados interessados nas riquezas que existem dentro de Erebor. Entretanto, Thorin (Richard Armitage) está disposto a tudo para impedir a entrada de elfos, anões e orcs, ainda mais por ser tomado por uma obsessão crescente pela riqueza à sua volta. Paralelamente a estes eventos, Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) e Gandalf (Ian McKellen) tentam impedir a guerra.



Crítica:

De volta à Terra-Média, uma última vez... 

Esticado ao máximo um livro de pouco mais de 300 páginas para se tornar uma trilogia, 'O Hobbit' embarca direto no conto inacabado do segundo filme, onde o Dragão Smaug (dublado por Benedict Cumberbatc) dispara fúria e fogo por toda a cidade de Esgaroth.

Para quem não está por dentro ou se esqueceu dos acontecimentos do segundo filme, ele exibiu Thorin, ofuscado pelo tesouro do dragão, oque força Bilbo 
a tomar medidas arriscadas. Como se não bastasse, os Orc de Sauron e outros inimigos estão de olho nessa fortuna, resultando assim no título do filme atual, 'A Batalha dos Cinco Exércitos'.

Desde a primeira cena, podemos perceber que o roteiro é marcado pela ação, e naquele primeiro momento só consegui pensar na tamanha excitação dos fãs, distribuídos pelas milhares salas de cinema no mundo todo, e que aguardaram ansiosamente por um longo ano, até poder assistir numa pré estréia, a fúria de Smaug destruindo a cidade (que foi interrompida no final do 'O Hobbit: A Desolação de Smaug').

Descreverei o seu tempo no filme como uma breve participação inicial, tão pequena que imagino muita gente se perguntando se não seria melhor ter deixado essa cena finalizando de forma espetacular o filme anterior. 
Benedict Cumberbatch trabalhou pouco e dublou poucas falas dessa vez, mas sua voz é tão perfeita que confesso até parar de respirar quando Smaug pronuncia suas palavras. (Não se atreva a ver esse filme dublado!)

Nesta ultima parte do filme, as cenas estão cada vez mais intensas e as batalhas são protagonizadas por TODOS os personagem. Algumas mais longas, algumas mais curtas... Mas sem dúvidas a mais "decepcionante" foi a luta entre Sauron e Galadriel, ao lado de Elrond e Saruman. Apesar de épica, o pouco tempo de tela dedicado ao conselho branco pode ter deixado alguns indignados na sessão. (eu)


Outra coisa que me incomodou foi o estado de figuração de alguns anões se encontraram, tirando Thorin e Kili, vários tiveram a participação muito superficial, alguns nem fala tiveram. Como se não fosse suficiente, introduziram um personagem totalmente desnecessário e cansativo para a história, Alfrid, conselheiro de Esgaroth (Ryan Gage). Ele se sustenta apenas por um humor forçado quebrando os momentos de tensão, não agregando em nada para a história. 

O destaque mesmo ficou mais uma vez para a Bilbo, que já se tornou companheiro indispensável dos anões e que tem participação importante no desenrolar da história, sem contar a sua ótima atuação.
Thorin Escudo de Carvalho passa a maior parte do filme doente pela ofuscação do ouro e obcecado pela Pedra de Arken, Bard o arqueiro da cidade do lago é o que mantém uma atuação maior, liderando seu exército de homens e de Elfos, ao lado de Tranduil.

Agora vamos falar de batalha!
Peter Jackson se superou e deixou todos boquiabertos ao revelar que o filme teria 45 minutos de batalha, fazendo assim jus ao nome. Em nenhum momento a trama ficou cansativa, pois aconteciam diversos conflitos paralelamente, prendendo assim a atenção do espectador e não sentindo sua longa duração. Isso sem dúvidas, é a maior atração do filme.

Mais uma vez a fotografia está fantástica e os efeitos especiais muito melhor dos que foram apresentado em 'Uma Jornada Inesperada'. A trilha do filme fica mais uma vez por conta do Howard Shore, é aquela velha história... Pra que mexer em time que está ganhando. Mas tão boa quanto essa trilha, foi a música disponibilizada antes do laçamento do filme, que traz o ator Billy Boyd, o Pippin do 'Senhor dos Anéis'. Chama-se The Last Goodbye, inclusive foi a música dos créditos deste filme. Se ainda não conhece, veja no youtube, e não me culpe caso caia algumas lágrimas.

Uma reclamação que venho ouvindo por aí quanto a essa trilogia, é sobre a fidelidade da história em relação ao livro. Bom... Creio que isso não deveria incomodar tanto aos fãs, já que essas mudanças deixaram o filme maior e mais interessante, por exemplo na Batalha dos Cinco Exércitos, que no livro não é bem descrita, e só é detalhada em um dos apêndices de 'O Senhor dos Anéis'. Por falar nisso, há várias referências durante o filme que remete aos filmes da primeira trilogia, até mesmo a recriação de uma cena da Sociedade do Anel.

Outra modificação foi o triangulo amoroso entre Tauriel (Evangeline Lilly) , que já não existe no livro, Legolas (Orlando Bloom) e o anão Kili (Aidan Turner). Mas creio que essa extensão não tenha incomodado ninguém, pelo contrário, serviu para dar um ar mais emotivo na historia.
Há também alguns absurdos em cena, como pequenos grupos detonando grandes exércitos e habilidade Highlander de um famoso Elfo conhecido por nós. Bom, considerarei a liberdade fílmica de Peter Jackson com alguns personagens que já viraram lenda hoje em dia. 

Bom, pode não parecer mas, eu adorei o filme e achei a conclusão perfeita, fechando muito bem a viagem iniciada em 'Uma Jornada Inesperada'. Me emocionei em diversos momentos e ainda me dá um certo sentimento chato em pensar que talvez não possa ver mais esse universo nos cinemas. Pode não ser uma despedida tão marcante quanto foi a do Senhor dos Anéis, mas é garantida de deixar nostálgico a qualquer fã da primeira trilogia ou dos livros.

Peter Jackson conseguiu fazer com maestria mais um épico que com certeza ficará sempre guardado em nossos corações.









Por Ana Luisa Vieira






3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Filme lindo,
    Resenha linda,
    Ruiva linda.

    Concordo que o Alfrid foi um alívio cômico desnecessário, mas essa é minha única reclamação. Eu queria mais 3 horas de filme. Mais participação dos anões, mais Conselho Branco e mais uma hora de batalha depois que o Beorn entrou! E que entrada!

    A desolação pode até ter sido de Smaug, mas minha luz se diminuiu por essa ter sido minha última visita a Terra Média (por um bom tempo, ao menos). Mas fora certamente uma visita majestosa, devo ressaltar.

    A quem não gostou do filme ou da crítica, vá lá ler a crítica merda dos seus sites merdas. Metade desses boçais que reclamam do filme não leu o livro e a outra metade não tem Ideia da merda que seria passar o livro integralmente pro cinema. Amor livre entre Anões e Elfos! Todo poder para o Peter Jackson; fico aguardo você conseguir o Silmarillion, seu lindo! Obrigado Cine Pipoca Doce por sair da crítica mainstream do lixo da internet.

    Mais uma vez:
    Filme Lindo,
    Resenha Linda,
    Ana > Tauriel.

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  3. gostaria de assistir mais também. Essas duas horas e pouca passaram voando Nesse terceiro filme.
    Ótima crítica.

    aguardando o silmarillion ; )

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