Sombras da Noite


                                                                                               Família Cohen

Lançamento: 22 de junho de 2012
Dirigido por: Tim Burton
Gênero: Comédia , Fantasia
Duração: 1h 53min.
Distribuidora: Warner Bros
Orçamento: US$ 120 milhões
Elenco: Johnny Depp, Michelle Pfeiffer, Helena Bonham Carter, Eva Green e mais.


Trazer o dark para o dia a dia e subverter as cores do subúrbio com suas goticidades era a especialidade de Tim Burton nos anos 80/90. Sombras da Noite volta com força total nas características marcantes do diretor.

O longa se inicia em 1752. Joshua (Ivan Kaye) e Naomi Collins (Susanna Cappellaro) deixam a cidade inglesa de Liverpool juntamente com o filho, Barnabás, rumo aos Estados Unidos. 
A intenção deles era escapar de uma terrível maldição que atingiu a família. 

Vinte anos depois, Barnabás (Johnny Depp) é um playboy inveterado que tem a cidade de Collinsport aos seus pés. Após seduzir e partir o coração de Angelique Bouchard (Eva Green), sem saber que era uma bruxa, ele é transformado em vampiro e preso numa tumba por dois séculos. Quando enfim desperta, dois séculos depois, encontra sua propriedade em ruínas e os poucos familiares ainda vivos escondem segredos uns dos outros. 

Em meio a um mundo desconhecido, Barnabás se interessa por Victoria Winters (Bella Heathcote), a tutora do jovem David (Gulliver McGrath).

________________________________________________________________________

O longa marca, mais uma vez, a parceria da duplinha Johnny Depp e Tim Burton. Essa é a oitava vez que Depp e Burton trabalham juntos, e todas as anteriores foram sucesso absoluto: 'A Fantástica Fábrica de Chocolates', 'A Noiva Cadáver', 'Ed Wood', 'Edward - Mãos de Tesoura', 'A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça', 'Sweeney Todd' e 'Alice no País das Maravilhas'.



CRÍTICA:


Assisti ao filme na estréia, e gostei. Confesso que nunca assisti a série dos anos 60/70 Dark Shadows. Nem ao menos tinha ouvido falar, antes das gravações do filme. Mas oque me levou ao cinema de inicio foram apenas os nomes Burton e Depp. E não me arrependi!

O visual é um dos pontos altos do filme. A direção de arte caprichou e consegue convencer de que estamos realmente na década de 1970.
Quanto ao roteiro, achei um pouco fraco e que não explora a fundo os personagens, talvez pela quantidade de pessoas que compõem o elenco, não sei.

A atuação de Deep por si só para mim é sempre uma razão para se assistir a um filme.
Quando assisti os trailers, achei que se tratava de um filme de humor. Mesmo com situações engraçadas como quando Barnabás conta como foi despertado por um dragão amarelo com garras de ferro ou como ele fica espantado vê o simbolo do McDonalds. Apesar de algumas cenas engraçadas, o filme não era para ser classificado como gênero comédia.

Achei a interação com a Dra Julia um pouco sem sentido, se tivessem iniciado um entrosamento antes, pelo fato de Barnabás querer voltar a condição humana, ficaria bem melhor do que "do nada".
A personagem Angelique com certeza foi a que teve o desenvolvimento mais interessante. As cenas entre ela e Barnabás foram ótimas, embora eu esperasse mais ódio dele pelos fatos passados. Mas os dois atores souberam trabalhar bem com o que lhes foi dado (não se pode fazer milagre se o roteiro não for bom). Quanto à Josette, não tenho nada de interessante para dizer, em nenhum momento me senti apegada à personagem "mocinha da história", era simplesmente um elemento a mais e sem nenhuma química com Barnabás. Victoria não faria falta nenhuma no filme. E a filha de Elisabeth se transformando em lobisomen só me fez pensar, meu Deus!! O que foi isso??!! O.O

Creio que pelo fato de ser remake à série original, muitos dos defeitos que eu apontei foram propositais para esse mesmo fim. Vá saber.
O problema todo é que é que quando sai um filme do Tim Burton sempre
esperamos algo além do já visto, a surpresa dos seu estilo de filmes já passou, então acabam não julgando o filme objetivamente e analisando como um todo. Tenho pra mim que essa baixa do Burton é muita pressão do mercado competitivo. Os diretores talentosos e de bastante sucesso co o público estão sofrendo constantemente essa pressão "da massa". É tenso isso! Então para satisfazer um desejo e um objetivo de mercado, os filmes acabam oscilando muito entre o ótimo e o muito clichê.

Resumindo, não é o melhor dos filmes do Burton, mas é muito melhor que alguns da concorrência que está em cartaz junto com ele.


Nenhum comentário