Sin City: A Dama Fatal



Lançamento: 25 de setembro de 2014
Direção: Frank Miller, Robert Rodriguez
Gênero: Ação , Suspense , Drama
Duração: 1h42min
Elenco: Eva Green, Josh Brolin, Jessica Alba, Joseph Gordon, Bruce Willis

Sinopse:
Após a morte de John Hartigan (Bruce Willis), Nancy Callahan (Jessica Alba) só pensa em vingança. Ela passa suas noites dançando no mesmo bar, mas agora na companhia de uma garrafa de bebida, enquanto toma coragem para enfrentar o poderoso Senador Roark (Powers Boothe). Ao mesmo tempo, Dwight (Josh Brolin) tenta ajudar a enigmática Ava (Eva Green) apenas para se ver traído mais uma vez por esta dama fatal. Praticamente destruído, ele buscará a ajuda de Gail (Rosario Dawson) e sua turma para enfrentar a amada, enquanto que Nancy contará com o apoio do gigante Marv (Mickey Rourke). 


Crítica:


Quando o diretor Robert Rodrigues decidiu transformar em filme a série em quadrinhos Sin City de Frank Miller, certamente o que mais lhe excitava era a oportunidade de trazer a toma uma novidade estética, em que foi copiada em The Spirit e Zack Snyder tornou a utilizar a não tão novidade assim em 300 e Watchmen. Ou seja, era o fim da inovação.

Quase 10 anos depois de ter mergulhado na ‘Cidade do Pecado’, volto ao cinema para conferir a tal ‘Dama Fatal’, com mais uma vez Miller “co-dirigindo” a produção. Não acredito que sua criatividade tenha se esgotado, até porque foram longos nove anos até que uma sequência pudesse sair, mas devemos levar em consideração que as três principais histórias da cidade do pecado já foram gastas na primeira adaptação, o que lhe restaria agora? Focar apenas na Dama Fatal e encher linguiça com outras histórias menos interessantes e atraentes? Bom... Foi o que me pareceu.


Estrelando e nomeando o filme, Eva Green é a dama fatal, um antigo amor do fotógrafo Dwight, que acaba lhe pedindo um favor irrecusável que o coloca no centro de uma caçada pelas ruas de Sin City. O longa faz questão de manter o clima femme fatale, violento e estilo noir, também dá sequência rápida a histórias apresentadas no primeiro filme e assim conseguindo entrelaçar toda a trama, o que deve acabar agradando os fãs.

Sin City 2 cumpre o esperado, consegue expandir o universo dos quadrinhos e ao mesmo tempo mata a saudade dos velhos personagens. Particularmente, o meu preferido Marvin ainda está lá, me provando pela segunda vez que o ator Mickey Rouke nasceu para fazer esse papel. Já Eva Green, peladona praticamente o filme inteiro (sem reclamações), já pode entrar para o ranking das grandes musas do cinema, porém senti que para um personagem principal, merecia algum toque a mais, que fiquei sempre esperando ver até o término do filme.


Talvez por uma ser uma sequência um tanto quanto óbvia, talvez por apostar nos mesmos recursos de narração de personagem, talvez por se tratar de mais uma trama "detetivesca", talvez por ser Robert Rodrigues e Frank Miller tentando se reinventar e ser criativo, eu senti que acabaram chegando num resultado final plastificado, e se perdendo muitas vezes na rapidez do desenrolar das histórias. Talvez todos os meus “talvez” sejam apenas o medo do filme acabar não empolgando quem vai em busca de algo relativamente novo.


Mesmo faltando uma pitada sombria na fotografia, e não conseguindo chegar nem perto do filme antecessor, Sin City – A Dama fatal cumpriu tudo o que prometeu. Não querem ser lembrado por muitos anos e muito menos se tornar um clássico, mas conseguiram entreter de uma forma muito boa todos aqueles que lembravam com saudade da cidade do pecado.






Por Ana Luisa Vieira


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