Gravidade



Lançamento: 11 de outubro de 2013 
Direção: Alfonso Cuarón
Gênero: Ficção científica
Duração: 1h30min
Elenco: Sandra Bullock, George Clooney, Ed Harris.

Sinopse:
Matt Kowalski (George Clooney) é um astronauta experiente que está em missão de conserto ao telescópio Hubble juntamente com a doutora Ryan Stone (Sandra Bullock). Ambos são surpreendidos por uma chuva de destroços decorrente da destruição de um satélite por um míssil russo, que faz com que sejam jogados no espaço sideral. Sem qualquer apoio da base terrestre da NASA, eles precisam encontrar um meio de sobreviver em meio a um ambiente completamente inóspito para a vida humana.



Crítica:

Gravidade, uma obra prima angustiante que dura por alguns dias.
O diretor Alfonso Cuarón aposta tudo nos efeitos visuais. E funciona!

A partir de um cenário extremamente escuro e silencioso se traduz a imensidão do universo em que homens se aventuram com suas minúsculas naves e estações espaciais desbravando o universo. 

O roteiro é assinado pelo próprio diretor e seu filho, Jonás Cuarón, onde conseguem misturar astronautas, explosões de fragmentos, tempestades espaciais e ao mesmo tempo humanizar os personagens para atingir o emocional do espectador. 
O silêncio é quebrado com trilhas sonoras do rádio de um dos astronautas e efeitos espaciais de áudio onde realmente nos faz imaginar oque é o infinito, me lembrando muito nesse quesito, 'Uma Odisseia no Espaço' do mestre Kubrick e 'Solaris', de Andrei Tarkovsky, por uma questão mais filosófica de repensar o lugar do homem no universo.

Sandra Bullock é a destaque durante todo o filme. A personagem Dra. Ryan Stone tem o equilíbrio perfeito entre o pânico, coragem e solidão. Talvez o maior ênfase emocional tenha sido colocado em sua história familiar. É um recurso muito bem usado apenas para despertar maior simpatia com a protagonista. A vontade de viver e morrer estão sempre presentes à acompanhando, a contraproposto temos o bem humorado e veterano astronauta-chefe, Matt Kowalsky vivido por George Clooney. Seu personagem consegue suavizar toda a tensão da cena chegando até a arrancar risos da platéia. Particularmente, eu achei sua participação um tanto quanto limitada. O filme deveria ter aproveitado melhor a presença de Clooney.

Com 90 minutos de uma fotografia perfeita, deixo como destaque a cena em que Ryan Stone flutua se enquadrando na posição fetal de nosso principio de vida. A cena é linda, uma verdadeira obra de arte perceber que aos poucos a posição vai se tornando clara aos nossos olhos.



Saí do cinema leve e flutuante, acredito que qualquer um que assista a esse filme terá a mesma impressão que eu tive. Confesso que demorei uns tres dias para digerir tudo que presenciei e para esquecer a sensação que o filme causa.
Indico para qualquer um que goste de cinema e aprecie um filme de qualidade. Se possível em 3D. Garanto que a sensação será indescritível!
Com toda certeza 'Gravidade' já tem algumas estatuetas merecidas e garantidas e acho bem difícil o diretor mexicano não ser um dos cinco diretores indicados ao próximo Oscar.




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