Elysium | Crítica
Direção: Neill Blomkamp
Gênero: Ficção científica, Ação, Suspense
Duração: 1h 50min
Elenco: Matt Damon, Jodie Foster, Sharlto Copley, Alice Braga,
Wagner Moura e William Fichtner...
Sinopse:
Em 2159, o mundo é dividido entre dois grupos: o
primeiro, riquíssimo, mora na estação espacial Elysium, enquanto o segundo,
pobre, vive na Terra, repleta de pessoas e em grande decadência. Por um lado, a
secretária do governo Rhodes (Jodie Foster) faz de tudo para preservar o estilo
de vida luxuoso de Elysium, por outro, um pobre cidadão da Terra (Matt Damon)
tenta um plano ousado para trazer de volta a igualdade entre as pessoas.
Crítica:
Não é por acaso
que temos a impressão de assistir a um filme que tem aspectos semelhantes ao
que consagrou Neill Blomkamp, cujo
tema central é a critica politica e social com que tão bem lidou em Distrito 9. Questões como segregação
racial permanece a que se juntam as discussões entre a classe mais rica e
classe mais pobre da imigração, do sistema de saúde, fome e condições
higiênicas deploráveis.
Blomkamp nos lembrou de que ficção cientifica serve
para se fazer críticas e comentários sociais.
A história tem
tudo para se firmar. Nota-se um esforço em construir um mundo idealizado, sem
doenças ou violência. Onde os privilegiados vivem e prosperam e procuram manter
as fortes leis anti-imigração, e com isso, de repente traz um pouco à memoria a
questão da imigração aos EUA e outros países mais ricos. Outro ponto que
é trabalhado pelo diretor é a robotização do efetivo militar e sua utilização
contra civis, com um nível de um Estado totalitário.
A obra tem a preocupação em explicar o uso da tecnologia como dados cerebrais codificados, sem que isso interfira no fio narrativo. Com tudo no ponto, o desdobramento revela-se envolvente e fascinante de forma que nos transporta para esse mundo no futuro onde reina desespero de um dia, partir para um lugar melhor. É preciso constatar a habilidade de Neill Blomkamp em não só dirigir mais também em escrever o roteiro de forma competentíssima ao contar uma história.
A jornada de Max da Costa (Matt Damon), esse herói inesperado que surge através da circunstancia. O Ator apresenta a dose certa para a potência física e o cansaço emocional para tornar o seu herói interessante. Com isso as cenas de ação tornam-se mais intensas e demoradas e coloca ênfase na batalha de Max com Kruger (Sharlto Copley), que é estranho o suficiente para tornar o seu vilão imprevisível.
Tenho que
ressaltar a atuação impecável de Wagner
Moura como o Spider, o responsável por hackear e mandar de forma
clandestina os passageiros mais pobres para Elysium. Deu a porção certa na
construção e interpretação de seu personagem, nem bom nem mau.
O convite surgiu
do diretor Blomkamp
que admitiu ser grande fã da franquia Tropa
de Elite, disse que sonhava em dirigir Wagner Moura e com isso abriu as
portas para a estreia do ator no cinema estrangeiro.
Alice Braga interpreta Frey, enfermeira e mãe de uma garotinha com leucemia. É a responsável pela parte mais humana da história e por aproximar o espectador dos problemas daquele mundo e dos personagens em cena. Rhodes (Jodie Foster), a fria responsável por barrar as tentativas de imigração ilegal para Elysium, passa uma vivacidade ao personagem de forma tão convincente que toda fez que está em cena desejamos que algo ruim aconteça a ela. (rsrs)
É uma obra que não tem problemas em utilizar um futuro
próximo para expor as desigualdades econômicas e sociais, e para passar uma forte
mensagem politica e social. Elysium é a forma de consolidar a criatividade de
Neill Blomkamp e dizer a todos que ele não servirá apenas como objeto visual.
Por: Nanah Girard
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