Django Livre


Lançamento: 18 de Janeiro de 2013
Direção: Quentin Tarantino
Gênero: Faroeste
Duração: 2h 45min
Elenco: Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson...

Sinopse:
Django (Jamie Foxx) é um escravo liberto cujo passado brutal com seus antigos proprietários leva-o ao encontro do caçador de recompensas alemão Dr. King Schultz (Christoph Waltz). Schultz está em busca dos irmãos assassinos Brittle, e somente Django pode levá-lo a eles. O pouco ortodoxo Schultz compra Django com a promessa de libertá-lo quando tiver capturado os irmãos Brittle, vivos ou mortos.Ao realizar seu plano, Schultz libera Django, embora os dois homens decidam continuar juntos. Desta vez, Schultz busca os criminosos mais perigosos do sul dos Estados Unidos com a ajuda de Django. Dotado de um notável talento de caçador, Django tem como objetivo principal encontrar e resgatar Broomhilda (Kerry Washington), sua esposa, que ele não vê desde que ela foi adquirida por outros proprietários, há muitos anos.A busca de Django e Schultz leva-os a Calvin Candie (Leonardo DiCaprio), o dono de "Candyland", uma plantação famosa pelo treinador Ace Woody, que treina os escravos locais para a luta. Ao explorarem o local com identidades falsas, Django e Schultz chamam a atenção de Stephen (Samuel L. Jackson), o escravo de confiança de Candie. Os movimentos dos dois começam a ser traçados, e logo uma perigosa organização fecha o cerco em torno de ambos. Para Django e Schultz conseguirem escapar com Broomhilda, eles terão que escolher entre independência e solidariedade, sacrifício e sobrevivência.


Crítica:
Django livre chega aos cinemas com uma indicação ao Globo de Ouro e ao Oscar de Melhor Filme. O novo longa do diretor Quentin Tarantino mostrou que voltou a boa forma, desde 'Bastardos Inglórios'. 
Franco Nero, estrela de Django,
volta a atuar em Django Livre.
O título Django Livre é uma clara referência e homenagem ao filme de 1966 - Django. Clássico do faroeste Italiano dirigido por Sergio Corbucci e estrelado por Franco Nero, que faz uma participação especial em Django Livre.
Admito ser um pouco suspeita para falar sobre este filme, pois devido ao elenco, eu já estava com uma grande pré-disposição em aprová-lo. E após assistir, não foi diferente.

Assim como na maioria dos filmes de Tarantino, o tema principal abordado é a vingança. 
Como ele mesmo disse em entrevista a revista GQ: "Todos que vão ao cinema querem ver alguém se vingar de algo que sofreu." Acredito ser um tema que funciona muito bem no cinema, basta observar o público sempre torcendo e aplaudindo pelo herói injustiçado no passado. A vingança no caso de Django é de um negro ex escravo, agora homem livre, com o objetivo de matar todos os brancos que fizeram mal a ele e sua mulher.

Um filme com bastante violência e comédia no maior estilo Tarantino de ser. A violência como sempre exagerada, com cabeças explodindo, corpos sendo baleados dezenas de vezes e muito sangue jorrando.

A quebra da seriedade desse tema delicado do racismo, vem de um prório negro.É quando entra a parte cômica da história. Samuel L. Jackson no papel do manipulador Stephen, braço direito de Calvin Candle.
Stephen rouba a cena desde a primeira aparição, contruindo um personagem leve, irônico e representante do próprio racismo.

As atuações principais também foram ótimas. Jamie Foxx arrebatou muitos fãns com seu estilo próprio e características de um herói clássico. 
Christoph Waltz mais uma vez mostrou que sua parceria com Tarantino podem rendem bons frutos, afinal, pela segunda vez pode ganhar o Oscar 2013 na categoria de Melhor Ator coadjuvante. 
Quem ficou de fora da categoria (injustamente) foi Leonardo DiCaprio. No longa, ele chama atenção no papel do fazendeiro que têm uma relação de interesse com seus escravos, pois dependendo da oferta, Calvin Candle chega a trata-los como pessoas da família. É perceptível a entrega que DiCaprio teve com esse personagem, ele conseguiu mesclar um vilão e um hospitaleiro, a ponto de fazer o público inverter as posições e achar que ele está sendo realmente enganado por Django e Schultz.

Com uma exelente fotografia, diálogos abertos e mesmo não inovando muito no roteiro, Dijango Livre foge do óbvio da atualidade no quesito trilha sonora, fazendo referência aos antigos filmes de faroeste spaghetti da década de 60 ao inserir músicas italianas. O diferencial "Tarantinesco" ficou por conta da introdução de um rap como trilha sonora de um tiroteio.
E adivinha quem faz uma ponta no filme?
Django Livre é um prato cheio aos amantes da 7ª arte e entra no histórico de mais uma obra excelente de Tarantino.
Desde sua estréia, Django Livre vem despertando muita polêmica. Há quem ache que o filme é preconceituoso e racista, há quem cosidere uma libertação de paradígmas e opressão... Polêmicas a parte, o humor violento e rascante deixará de lado qualquer atrito que venha ter o filme.






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