'A Vida Invisível' desbanca 'Bacurau' e representará o Brasil no Oscar 2020


O longa-metragem A Vida Invisível, do diretor Karim Aïnouz, representará o Brasil na disputa por uma vaga de melhor filme estrangeiro no Oscar 2020, segundo anunciou nesta terça-feira a Academia Brasileira de Cinema. O filme, que estreia no dia 31 de outubro, desbancou Bacurau, dos pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, que recebeu o Prêmio do Júri no Festival de Cannes, em maio, e que tem lotado as pré-estreias em todo o país com a história de um Brasil distópico no meio do sertão nordestino. As indicações ao Oscar serão reveladas no dia 13 de janeiro, e a cerimônia de premiação acontece em 9 de fevereiro, em Los Angeles.

Ambientada nos anos 1940, A Vida Invisível (baseado no livro de Martha Batalha), que venceu a mostra Um Certo Olhar, de Cannes, retrata a vida das irmãs Guida (interpretada por Julia Stockler) e Eurídice Gusmão (Carol Duarte). Criadas em uma sociedade machista, elas compartilhavam sonhos e planos até que uma gravidez aos 18 anos faz com que Guida seja rejeitada pela família e fuja com o namorado. Separadas, as irmãs passam a vida tentando reencontrar-se. No elenco da obra também estão Gregorio Duvivier, Bárbara Santos, Flavia Gusmão e Fernanda Montenegro.




A presença da grande dama da dramaturgia brasileira, indicada ao Oscar de melhor atriz em 1999 por Central do Brasil, foi precisamente um dos fatores decisivos para que o longa desbancasse Bacurau em uma "disputa acirrada", segundo explicou Ana Mulayert, diretora da comissão da Academia. Outro ponto que influenciou a escolha foi a influência do diretor cearense Aïnouz (de Praia do Futuro) no mercado internacional.



"Estamos felizes com a qualidade dos filmes inscritos, com três filmes que estiveram em Cannes. Houve uma discussão de alto nível. Não houve unanimidade, embora todos tenham gostado do filme escolhido", comentou Muylaert. 



A Vida Invisível recebeu cinco votos, enquanto Bacurau ficou em segundo lugar, com quatro. Muylaert revelou que um grupo da comissão desejava passar uma mensagem política mais forte, com o longa dos pernambucanos, enquanto outros priorizavam a viabilidade do escolhido para o prêmio.


Kleber Mendonça Filho já havia ficado fora da corrida do Oscar três anos atrás, com Aquarius, que também foi aclamado em Cannes, onde o diretor e o elenco protestaram no tapete vermelho contra o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff. Na época, o escolhido foi Pequeno Segredo, de David Schürmann.









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