Círculo de Fogo (Pacific Rim)
Direção: Gillermo Del Toro
Gênero: Ação, Aventura
Duração: 2h 10 min
Elenco: Charlie Hunnam, Idris Elba, Rinko Kikuchi, Charlie Day
Sinopse:
Crítica:
Tenho uma ligação intimista com o cinema Kaiju (monstros gigantes em japonês). Eu o considero um movimento cinematográfico tão importante para minha infância que mereceu uma tatuagem do Godzilla que eu ostentarei pelo resto da minha vida.
Em contrapartida, o Guillermo del Toro, há alguns anos, se tornou meu diretor favorito depois que eu conheci a totalidade de sua obra.
Ainda bem que, diferente de mim, Guillermo del Toro não falha e fez o melhor filme de monstros que eu já vi.
O roteiro não é muito engenhoso e nem muito inventivo mas não tem grandes falhas, na expressão futebolística, ele fez o "arroz com feijão". Os personagens não possuem a profundidade de um protagonista dos filmes do Darren Aronofsky mas são atores competentes que desempenham bem seus papeis.
Dito isso, vamos ao que torna o filme único.
O filme é visualmente lindo. Ouso dizer que é mais deslumbrante que a complexa Pandora criada para o filme Avatar. É colorido e repleto de texturas neon ao mesmo tempo que mescla com imensas chapas de ferro oxidadas. E ver esses amontoados enferrujados e envelhecidos amassando carne recheada de neon é lindo.
As batalhas são coreografadas de forma absolutamente genial e acontecem nos lugares mais inusitados. Sem revelar spoilers, é possível dizer que eles brigam no céu no mar e na terra.
Conforme avisado previamente pelo diretor, ele se preocupou muito com questões de escala e com a aplicabilidade das leis da física sobre seres abissais se espancando. É perceptível que há um cuidado especial em relação à realidade da gravidade quando, por exemplo, um dos Jaegers (nome dado aos robôs, que significa caçador em alemão) é arremessado por um Kaiju e cai, centenas de metros depois, em cima de um cais repleto de containers e gruas.

Mesmo com toda a ação desenfreada e o visual atrativo, o filme consegue ter outras qualidades superiores. Se ele cumpre perfeitamente o papel de um blockbuster do verão norte-americano, ele consegue ser um filme-homenagem ainda melhor.
Todos os elementos conhecidos da cultura oriental que envolvem monstros gigantes estão lá.
As cores fortes e diversas remetendo aos animes, o design dos robôs que são diferentes e possuem características específicas dos seus países de origem, a espada gigante, o soco-foguete, o canhão de plasma, a qualificação dos monstros por níveis de força, os ataques especiais de cada monstro, as armaduras dos pilotos dos Jaegers, as cidades moldadas num futuro ficcional e mais dezenas de outros detalhes que eu precisarei assistir mais algumas vezes só para me divertir procurando outras referencias.
Este é um filme irretocável que merece ser assistido no IMAX 3D, deve ser adquirido para ser assistido novamente em blu-ray e deve ser venerado pelo resto das eras.
Obs.: tem uma cena pós créditos bem engraçada.
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