Somos Tão Jovens





Lançamento: 3 de maio de 2013
Direção: Antonio Carlos da Fontoura
Roteiro: Marcos Bernstein
Gênero: Drama, Biografia 
Duração: 1h 44 min
Elenco: Thiago Mendonça, Sandra Corveloni, Laila Zaid, Bianca Comparato, Marcos Breda....

Sinopse:
Brasília, 1973. Renato (Thiago Mendonça) acabou de se mudar com a família para a cidade, vindo do Rio de Janeiro. Na época ele sofria de uma doença óssea rara, a epifisiólise, que o deixou numa cadeira de rodas após passar por uma cirurgia. Obrigado a permanecer em casa, aos poucos ele passou a se interessar por música. Fã do punk rock, Renato começa a se envolver com o cenário musical de Brasília após melhorar dos problemas de saúde. É quando ajuda a fundar a banda Aborto Elétrico e, posteriormente, a Legião Urbana.



Crítica:


Finalmente a história do poeta revolucionário contada de um jeito único, assim como ele. 
Com os olhos brilhando e um sorriso bobo no rosto, fui assistir ao filme, cantando todas às musicas pelo caminho. 
Achei bem interessante a ideia do filme e pude me sentir um pouco mais próxima de um ídolo que eu não consegui acompanhar pessoalmente, mais tenho que me contentar em ouvi-lo só pelos CD’S ou assistir os vídeos de seus shows.

Um jovem que no final da ditadura, criou canções que foram verdadeiros hinos da juventude urbana da época e que continuam a ser cultuadas geração após geração por uma crescente legião de fãs. Conhecer a história por traz da criação de letras como 'Eduardo e Mônica', 'Será' e 'Faroeste Caboclo' e menções a outras músicas como 'Meninos e Meninas', 'Geração Coca-Cola' e 'Tédio'. 



O diretor Antônio Carlos da Fontoura ficou com a responsabilidade de passar a juventude de Renato Manfredini Júnior para as telas até se transformar no mito Renato Russo e o roteirista Marcos Bernstein cuidou de mostrar com diálogos como Renato era uma figura sem limites e sua personalidade melancólica.  


A história de como começou e terminou o Aborto Elétrico, devido a constantes brigas entre Renato e o baterista Fê Lemos interpretado por Bruno Torres.  Carlos Trilha, produtor e arranjador de discos solos de Renato Russo, colaborou com a trilha sonora e as versões instrumentais de sucessos da Legião.  Uma surpresa agradável foi saber que boa parte das músicas tocadas foram cantadas pelos próprios atores durante a gravação do filme. Mas tenho que admitir que o enredo da história deixa um pouco a desejar pelo fato de tratar com superficialidade assuntos delicados como homossexualidade e drogas. Senti também um certo descaso com integrantes como Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos que fizeram parte da Legião Urbana desde inicio.  

A atuação de Thiago Mendonça no papel de Renato Russo chama a atenção além da semelhança e dedicação para o personagem, o ator adquiriu até os trejeitos e as danças loucas que Renato fazia nos palcos e com isso conseguimos sentir o quanto ele queria mudar o mundo. 
Destaque para a atuação impecável de Laila Zaid no papel de Ana Cláudia, transformando uma personagem coadjuvante em alguém de uma importância para desenrolar da historia.

Essa biografia cinematográfica serve para conhecermos a trajetória de um dos poetas do rock nacional. Vocês com certeza vão sair do cinema cantarolando um das musicas da trilha sonora. 
O filme termina com uma mensagem não dita: “O resto é história” e deixou um gostinho de quero mais, apesar de conhecer o final dessa história. No entanto o filme não é só para fãs de Renato Russo ou da Legião Urbana, é para toda e qualquer pessoa que goste de boa musica e um bom filme nacional.


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