O Impossível

Lançamento: 21 de dezembro de 2012
Gênero: Drama
Duração: 1h 54min
Elenco: Naomi Watts, Ewan McGregor, Tom Holland, Samuel Joslin, Oaklee Pendergast...
Direção: Juan Antonio Bayona

O casal Maria (Naomi Watts) e Henry (Ewan McGregor) está aproveitando as férias de inverno na Tailândia junto com os três filhos pequenos. Mas na manhã de 26 de dezembro de 2004, enquanto curtiam aquele paraíso após uma linda noite de Natal, um tsunami de proporções devastadoras atinge o local, arrastando tudo o que encontra pela frente. Separados em dois grupos, a mãe e o filho mais velho vão enfrentar situações desesperadoras para se manterem vivos, enquanto em algum outro lugar, o pai e as duas crianças menores não têm a menor ideia se os outros dois estão vivos. É quando eles começam a viver uma trágica lição de vida, movida pela esperança do reencontro e misturando os mais diversos sentimentos.
















Crítica:
Para entrar no clima, resolvi ir ao cinema "all alone" em pleno dia 21 (fim do mundo rs), assistir 'O impossível'. Roteiro que tem uma história baseada em fatos reais, é um ótimo filme de superação e resistência. Emotivo ao extremo, confesso que derramei lagriminhas envergonhadas muitas vezes. XD Quem for assistir, não esqueça do lenço de papel.
Alguns podem não se sentir confortáveis com algumas cenas, percebi isso pelas pessoas tampando os olhos perto de mim e pelos gemidinhos de nojo de algumas cenas viscerais. Discordando de algumas críticas, não achei em nenhum momento o filme apelativo. Tudo mencionado no filme se relacionou bem com a história, tanto as partes criadas no roteiro, tanto nos pontos verdadeiros, já que foi baseado numa história real. 

O diretor não economizou nenhum pouco na reconstrução de um dos maiores desastres da história. Foi gasto nada mais, nada menos que 30 milhões de Euros. Claro, boa parte das cenas tem o auxílio de um excelente trabalho de efeitos visuais. O ponto forte da produção do filme, sem dúvida é a filmagem. Em diversos momentos é transmitido para nós o nervosismo dos personagens devido ao uso da câmera de mão. Um recurso também que foi usado bastante e eu sempre acho válido é quando o telespectador é colocado no ponto de vista do personagem para enfatizar a nossa identificação com eles. Identificação esta, que marca o diferencial do filme pois as cenas de destruição limitam-se apenas aos 30 primeiros minutos de narrativa. Não há exploração de cena do sofrimento das pessoas que sobreviveram, apenas o seu registro. Nem mesmo a catástrofe vira espetáculo cinematográfico.

Uma característica do diretor Bayona é a ausência de exageros se tratando de efeito cenográficos. Ele conseguiu transformar o roteiro de Sergio G. Sánchez sem subtramas, direto e simples. Apegando-se, não a catástrofe, mas sim aos sobreviventes e a essência da preciosa relação para com seus semelhantes, tornando assim tudo mais natural e real. Alguns figurantes da trama eram realmente sobreviventes do tsunami, isso mostrou maior emoção e realismo à produção. 

Quanto ao elenco, Ewan McGregor e Naomi Watts já tem o talento comprovado e não foi novidade nenhuma a excelência em representação se tratando de papéis dramáticos. Revelação mesmo foi a estréia do cativante ator Tom Holland interpretando Lucas, filho mais velho do casal. Lucas guia boa parte do filme mostrando sempre um laço muito grande com a mãe. Fiquei apaixonada por ele e espero vê-lo em breve numa super produção. Os 2 filhos mais novos também são convincentes e naturais em suas interpretações. Tenho que fazer esse comentário: QUE CRIANÇAS FOFAS!!!!! *___*
Demorei algumas horas + algumas partidas de videogame para conseguir tirar o peso do filme de dentro de mim. Mas mesmo assim, eu recomendo!! ^^



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