CRÍTICA | CORINGA - (SEM SPOILERS)


Lançamento:  3 de outubro de 2019 9
Direção: Todd Phillips
Gênero: Drama
Duração: 2h 02min
Elenco:  Joaquin Phoenix, Robert De Niro, Zazie Beetz, Frances Conroy, Brett Cullen...

Sinopse:
Arthur Fleck (Joaquin Phoenix) trabalha como palhaço para uma agência de talentos e, toda semana, precisa comparecer a uma agente social, devido aos seus conhecidos problemas mentais. Após ser demitido, Fleck reage mal à gozação de três homens em pleno metrô e os mata. Os assassinatos iniciam um movimento popular contra a elite de Gotham City, da qual Thomas Wayne (Brett Cullen) é seu maior representante.



Crítica:

Coringa, é sem sombra de dúvidas um dos filmes mais aguardados deste ano. Isso porque é um dos vilões mais conhecidos e idolatrados das histórias das HQs, sendo o principal antagonista do Batman. No Cinema, já vimos grandes nomes interpretando o palhaço do crime, como Jack Nicholson, Heath Ledger, Jared Leto... Já na TV/games, Mark Hamill interpretou dando voz ao sociopata, bem como Cameron Monaghan na série Gothan e o inesquecível Cesar Romero

Sabemos que a popularidade deste personagem transcende todas as mídias, e sua história já foi contada e recontada milhões de vezes em diversos cenários, logo podíamos constatar que Joaquin Phoenix teria um desafio e tanto pela frente, pois fora a dificuldade que é interpretar um personagem de tamanha presença, monstros sagrados já o tinham feito, e muito bem feitoMas dessa vez, o conceito é muito diferente.... 



Phoenix é Arthur Fleck, um palhaço de aluguel de dia e aspirante à comediante de noite, que gradualmente vai se tornando a figura vilão dos vilões, com o qual já estamos familiarizados. Em meio a um cenário de crítica social e desigualdades, Arthur é tratado com hostilidade e desprezo por quase todos que encontra, por ser do jeito que é. Mas sua vida só começa realmente a mudar de sentido, após de um violento encontro no vagão do metrô.

Uma coisa que nenhum ator fez no Cinema, foi levar um filme inteiro como protagonista do Palhaço Príncipe do Crime. A ideia de filme independente do vilão partiu do diretor e roteirista Todd Phillips, conhecido até então por filmes que misturam comédia e ressaca; Pois bem, Phillips, agarrou a oportunidade de trazer sua experiência, enganando todos aqueles que acharam que sua ideia principal, seria mostrar a origem do vilão. Ela existe, e é contada da maneira mais incrível possível (sem spoilers), mas ainda existem interrogações deixadas no ar, principalmente sobre sua patologia, nem tudo é do jeito que achávamos que fosse.


O roteiro é muito bem construído, num ritmo de ascensão, cheio de tramas e subtramas além de um plot twist empolgante. As cores bem empregadas e os movimentos de câmera claustrofóbicos fazendo a obra ser intimista e realista. Você corre, dança e sofre com o personagem, e o melhor de tudo, entende o porque de tudo estar acontecendo!

A trilha sonora é integralmente clássica e composta pela violoncelista Hildur Guðnadóttir, mesma compositora dos filmes Sicario: Dia do Soldado, A Chegada, e da aclamada série Chernobyl. Preciso dizer mais alguma coisa?
A grande estrela do filme é Joaquin Phoenix, ele nos entrega uma atuação visceral, a psicopatia do palhaço nunca foi retratada de uma forma tão crua, sarcástica, violenta e doentia como nesse filme. Um belo trabalho unindo, entonação vocal, expressão facial, movimentação corporal e gargalhada marcante (juro que estou ouvindo ela até agora na minha cabeça), fazendo com que Arthur Fleck seja um personagem muito bem construído.



Coringa é uma figura simpática e impiedosa, no centro de uma história sombria e realista. Confesso que nesses dois quesitos, a DC sempre foi superior em minha humilde opinião. O diretor Todd Phillips consegue escavar profundamente o lado mais cruel da sociedade, e em busca de um dos filmes mais ameaçadores da memória recente; definiu o Coringa na década de 1970 como um aceno para os estudos de personagens cinematográficos da época, como Taxi Driver e O Rei da Comédia

E continuando com as opiniões... Coringa tem o melhor desempenho do ano, ele oferece uma experiência poderosa, sombria e inesquecível, que poucos acharão fácil de digerir. É pesado, e concordo que pode servir de gatilho para mentes mais fracas, mas em contrapartida, se um filme é capaz de te tocar a ponto de refletir essas questões, é valioso, pois a função do cinema sempre foi essa, então crucificar o filme é no mínimo uma atitude extremamente ignorante e primitiva.

Senhoras e senhores que filme!





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