'Um Lugar Silencioso' | Crítica


Lançamento:  5 de Abril de 2018
Direção: John Krasinski
Gênero: Suspense, Terror
Duração: 1h 30min
Elenco: John Krasinski, Emily Blunt, Millicent Simmonds, Noah Jupe

Sinopse:
Em uma fazenda dos Estados Unidos, uma família do meio-oeste é perseguida por uma entidade fantasmagórica assustadora. Para se protegerem, eles devem permanecer em silêncio absoluto, a qualquer custo, pois o perigo é ativado pela percepção do som.




Crítica:
Assistir ao terror ‘Um Lugar Silencioso’ quietinho no cinema nos torna cúmplices de seus protagonistas, sem poder gritar diante dos horrores que se vê na tela. O filme parte de uma premissa econômica para construir a tensão de uma família lutando pela sobrevivência de forma quase instintiva – e “quase” aqui é a palavra-chave, já que todos estão privados de emitir sons se não querem atrair os monstros que assolam a Terra.

Estamos em 2020, e a população do mundo foi dizimada. O roteiro escrito por Bryan Woods, Scott Beck e John Krasinski (que também dirige o longa a atua) não se preocupa muito em detalhar como isto aconteceu, mas diz logo de início que ninguém está seguro, sacrificando uma criança de forma quase brutal.

A tragédia adiciona uma camada de culpa à já dramática situação vivenciada por Lee (Krasinski), Evelyn (Emily Blunt) e os filhos Marcus (Noah Juppe) e Regan (Millicent Simmonds), deficiente auditiva cujas necessidades especiais provavelmente salvaram o clã, uma vez que todos estavam habituados a falar na linguagem de sinais mesmo antes da catástrofe. Como diz a teoria de evolução, são os mais adaptados que sobrevivem.

Esta ideia de que são justamente as nossas particularidades que acabam por nos tornarem especiais é algo recorrente em obras que flertam com o terror e a ficção-científica, como em obras de cineastas como Steven Spielberg (‘Contatos Imediatos de Terceiro Grau’, ‘Guerra dos Mundos’) e M. Night Shyamalan (‘Sinais’). O filme guarda semelhanças claras com estes antecessores, mas tem o mérito de construir uma atmosfera angustiante que perdura durante todos os seus 90 minutos.

Não há momentos para respirar. Isso faz com que, quando a personagem de Emily Blunt consegue enfim gritar em contexto onde não será ouvida pela criatura, a liberação de tensão contida naquela imagem chegue a arrepiar o público.

Sem explicar as coisas demais e evitando alongar sua trama mais do que o necessário, ‘Um Lugar Silencioso’ se conecta diretamente com as emoções mais básicas do ser humano. É uma experiência recomendada a todos, principalmente àqueles que estiverem com vontade de testar seus nervos.
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