Crítica | A Forma da Água


Lançamento:  1 de fevereiro de 2018
Direção: Guillermo del Toro
Gênero: Fantasia, Drama, Romance
Duração: 2h 03min
Elenco: Sally Hawkins,Doug Jones, Michael Shannon, Richard Jenkins mais

Sinopse:
Década de 60. Em meio aos grandes conflitos políticos e transformações sociais dos Estados Unidos da Guerra Fria, a muda Elisa (Sally Hawkins), zeladora em um laboratório experimental secreto do governo, se afeiçoa a uma criatura fantástica mantida presa e maltratada no local. Para executar um arriscado e apaixonado resgate ela recorre ao melhor amigo Giles (Richard Jenkins) e à colega de turno Zelda (Octavia Spencer).




Crítica:
Por: Nanah Girard


O diretor mexicano Guillermo del Toro (O Labirinto de Fauno / Hellboy) possui uma maneira ímpar de contar suas histórias, com isso, conquistou a atenção do público e da crítica desde o início de sua carreira. Com sua abordagem singular de recriar os gêneros de fantasia e terror, recebeu o apelido de "mestre dos monstros". Além disso, detém outra característica, usar como tema, contos de fadas para apresentar suas histórias utilizando os efeitos práticos e a maquiagem. Dessa forma seus filmes possuem uma vivacidade, já que, o diretor usa a fantasia para revelar que a mesma pode ser fria, cruel,  assustadora, e mesmo assim, manter sua magia.



O narrador apresenta logo no início, que a história trata-se de "um conto de amor e perda e o monstro que tentou destruir tudo isso".  E assim iniciamos a história de Eliza, interpretada pela atriz Sally Hawkins, uma zeladora muda que trabalha em uma instalação do governo dos EUA durante os anos 1960, período da Guerra Fria. A jovem, mesmo sendo muda, consegue se comunicar com seus amigos; entre eles está  Zelda, vivida pela atriz Octavia Spencer, onde trabalham juntas num laboratório governamental, e seu  vizinho Giles, vivido pelo ator Richard Jenkins, o conselheiro da garota. 



Certo dia, uma criatura aquática, interpretado pelo ator Doug Jones, foi levado ao laboratório para servir de cobaia em experimentos do governo. Cultuado na Amazonas, seu lugar de origem, a criatura  pode respirar tanto dento d'água quanto fora dela e sua peculiaridade chama a atenção  da solitária Eliza,  que passa a visitá-lo em segredo. A jovem é a única capaz de se comunicar com a criatura, a conexão entre eles é algo tão sensível e puro, existe uma cena com os dois que é uma das mais tocantes no longa.

Os personagens tem contato com a criatura, e cada um o vê como um espelho e a decisão acertada de fazer a película nos anos 1960, mostra como pano de fundo a luta pelos direitos civis que surgiu na época. Por exemplo, o personagem de Michael Shannon, o Coronel Strickland vê na criatura aquática seu lado violento e com isso, percebe sua própria monstruosidade  como ser humano.

São essas nuances que dão à história o seu charme que a difere de outros contos que relatam o mesmo tema, e esse diferencial está na visão do diretor e em seu roteiro. A direção de Del Toro possui um estilo mais sombrio e uma movimentação de câmeras pelo cenário com muita delicadeza, lembrando os musicais, tal gênero possui um papel importantíssimo no desenvolvimento da protagonista Eliza.

O roteiro de Del Toro com colaboração de  Vanessa Taylor (Divergente)  é pura poesia. Conseguiram construir uma fábula que encanta os olhos e o coração, combinando com maestria realidade e fantasia. E trazendo uma importante reflexão a respeito do que há de monstro nas pessoas, e o que há de humano nos monstros.

É Um filme para se apaixonar.





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