Crítica | Death Note (Netflix)


Lançamento: 25 de agosto de 2017
Direção: Adam Wingward
Gênero: Suspense, Terror e Fantasia
Duração: 1h41min
Elenco: Willem Dafoe, Lakeith Stanfield, Nat Wolff, Margaret Qualley... 

Sinopse:
Adaptada do mangá de Takeshi Obata, a história gira em torno do jovem Light Turner (Nat Wolff), estudante brilhante que não sabe o que fazer comseu futuro até o dia em que encontra o Death Note. Ele descobre que pode adicionar nomes ao caderno, causando a morte de tais pessoas, e logo decide se livrar de vários criminosos. Seus atos, no entanto, despertam a atenção da polícia e Light começa a ser seguido por um perigoso homem.



Crítica:
A obra de ficção dos autores Tsugumi Ohba e Takeshi Obata, possui uma legião de fãs aficionados e zelosos até hoje, e é tido, como um dos animes/mangás mais ilustres dos últimos anos, já que sua criação discute temas complexos, como justiça e moralidade com personagens bem construídos. Conseguindo assim, envolver o leitor de forma viciante em todos os volumes e capítulos. 


Na adaptação realizada  pela Netflix, a história  não se aprofundou nas questões base da narrativa original. E para todos os fãs apaixonados, o diretor Adam Wingward não conseguiu transmitir essa trama. Ele apresenta os personagens principais com cenas em câmara lenta, típico do mundo "high school" americano, com valentões e líderes de torcida. Em pouco tempo, o filme ambienta a história utilizando clichês de antigos filmes adolescentes. E dessa forma dificulta o entendimento do público, pois não familiariza ou caracteriza cada personagem. 

O universo criado por Wingward, deseja com certa pressa, mostrar sua própria assinatura, fazendo-o com que se perca nela. O roteiro não possibilita o público de se aprofundar nos personagens, conhecendo seus motivos para o desenrolar do romance e as explicações que o levam às decisões finais.  


O elenco por outro lado, realiza um bom trabalho com o que tem em mãos. Lakeith Stanfield (Corra; Snowden) conseguiu retratar todos os tiques e trejeitos do detetive L, por sua vez o torna um personagem caricato e nervoso do início ao fim. O brilhante Willem Dafoe, dubla Ryuk e indiscutivelmente é a melhor parte do filme, sempre mostra-se nas sombras para enaltecer assim seus traços perturbadores. A personalidade marcante, assim como a genialidade e frieza do personagem Light/Kira desaparece, na interpretação de Nat Wolff (A Culpa é das Estrelas; Cidade de Papel), o personagem parece um adolescente mimado e sua inteligência, presente na trama original, é mostrada somente quando conveniente. Uma vez que, o Kira é ao mesmo tempo a benção e a ruína do personagem Ligth, a autoria no longa trabalha da mesma forma. 


O filme filtra a história original de modo que a decisão de resumir o drama que envolve o caderno deixou o enredo sem uma identidade. E o jogo entre L e Ligth/Kira não emplaca, conseguido se resolver com uma enorme facilidade, que passa longe de toda adrenalina e intensidade do anime/mangá. 

Informações complementares: Existe o live-action japonês de Death Note, intitulado Death Note - Light Up The New World. O longa contará com seis cadernos diferentes, seis regras diferentes regendo seu uso, e ciberterrorismo pelo mundo. 

Este é o quarto longa com atores da franquia, depois de Death Note (adaptação direta do mangá), Death Note: The Last Name e L: Change The World. Shinsuke Sato (Gantz) fica a cargo da direção do longa, que chega aos cinemas locais em 29 de outubro.







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