Jeux d'enfants

Lançamento: 2003
Direção e Roteiro: Yann Samuell
Gênero: Drama, Romance
Duração: 1h 33min
Elenco: Marion Cotillard, Guillaume Canet, Élodie Navarre, Emmanuelle Grönvold, Gérard Watkins, Gilles Lellouche...

Sinopse:
Sophie, de oito anos, é a criança que todos, na escola, zombam. Julien é o menino que chega sempre em seu socorro. Juntos, inventam um jogo de Verdade ou Consequência para manterem as suas almas vivas. Aquele que detém a caixa de música em forma de carrosel e pode lançar um desafio ao outro. Se o desafio for superado, a caixa muda de mãos e quem a recebe propõe uma nova prova. O jogo torna-se um magnífico vício. E este jogo prolonga-se através da vida, aumentando de intensidade, e com conseqüências cada vez mais desmedidas. Estarão eles dispostos a admitir o amor que sentem um pelo outro ou será que não conseguem acabar com o jogo?
Crítica:
Como já sabem, o Cinema Pipoca Doce é destinado a críticas de filmes em cartaz, mas a pedido de uma pessoa especial e em agradecimento por ter me apresentado uma história tão fantástica, abri uma exceção e escreverei hoje sobre o filme 'Love Me If You Dare', nome original - 'Jeux des Enfants', lançado em 2003.
Particularmente nunca fui muito fã do cinema Francês mas ultimamente tenho assistido a alguns filmes rodados na França e devo admitir que de alguma forma, eles me encantam. E com 'Jeux des Enfants' não foi diferente.
O filme conta a história de um casal de amigos inseparáveis Sophie e Julien, e o roteiro inteiro baseia-se num jogo de desafios que começaram desde a infância. 
Os atores Marion Cotillard e Guillaume Canet são bastante conhecidos hoje em dia no cinema Francês mas na época do filme nem tanto, e oque era para ser apenas mais um filme de comédia romântica, superou as expectativas de todos e fez apaixonar-se por qualquer um que assista.
Conheci a talentosíssima Marion Cotillard interpretando a cantora Édith Piaf no filme 'Piaf - Um Hino ao Amor' (2007) e logo depois assisti ao Jeux d'enfants, oque me fez comprovar que a atriz manteve o nível excelente de interpretação e junto com Guillaume Canet fizeram um casal que deu muito certo, fugindo dos padrões comédia romântica Hollywoodiana. 

O roteiro é bastante agradável e criativo. Me surpreendeu bastante pelo fato de ser narrado de uma forma frenética e ao mesmo tempo sutil, conseguindo envolver do início ao fim a qualquer um que esteja assistindo. 
Me pareceu que diretor Yann Samuell apostou em seguir a linha do grande sucesso "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" no que se diz respeito a narrativa e fotografia. 
O filme também oculta algumas metáforas bastante interessantes, oque possibilita refletir sobre elas durante toda a trama. A maior delas é a caixinha, simbolizando o laço eterno entre os dois, utilizando esta "brincadeira" como uma forma de ligação e assim nunca se separarem.
A trilha sonora é um encanto e se encaixou primorosamente ao contexto do gênero.
Reassisti ao filme ontem e confesso que me preocupa não saber quando “La vie en Rose” vai sair da minha cabeça. >.< A música é tocada durante todo o filme em 4 diferentes versões: (Louis Armstrong,Trio Esperanza, Donna Summer e Zazie).

O fim do filme é imprevisível e emocionante, contendo dois finais alternativos apresentados de formas decorrentes. Mas vou parando por aqui, não contarei mais nada para não perder o encanto de quem possa vir a assistir.
Assim como em Jeux D'Enfants, este foi o meu desafio. Cap!

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